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5 grandes acidentes industriais que entraram para a história

16/03/2022

Casos de acidentes de trabalho, infelizmente, acontecem diariamente nas empresas espalhadas pelo mundo, e nem sempre ficamos sabendo qual é o local, quem são as vítimas, muito menos o motivo que desencadeou a tragédia.

Quando escutamos relatos de algum tipo de acidente no ambiente profissional, costumamos sentir pelas vidas prejudicadas e buscamos entender o que aconteceu. Mas, neste artigo, vamos um pouco além e relembraremos 5 desastres industriais que entraram para história, pois atingiram, além dos trabalhadores, a população local. São casos de comoção nacional e, até mesmo, internacional.

CONFIRA OS ACIDENTES QUE MAIS REPERCUTIRAM NO MUNDO

1) Explosão da Plataforma P-36, no Brasil

Em 15 de março de 2001, a P-36, que operava na Bacia de Campos, no Rio de Janeiro, sofreu duas explosões em uma de suas colunas. A 1ª explosão fez com que 11 trabalhadores da unidade atuassem no combate às chamas, mas 20 minutos depois, a 2ª explosão aconteceu e causou a morte de todos.

Os 138 trabalhadores foram acionados para atuarem na equipe de emergência, para manter a P-36 nivelada ao mar, mas a ação não teve sucesso e, cerca de 3h30 depois, todos saíram do local. Após diversas tentativas de estabilizar a unidade, a P-36 naufragou no dia 20 de março de 2001, cinco dias após a fatalidade.

Posteriormente, em um relatório feito pela Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), constatou que houve uma série de negligências da Petrobrás. Deficiências na gestão operacional da unidade causaram as explosões, como apresenta a análise constatada. Em suas conclusões, o relatório da ANP apontou algumas falhas como:

Condições inadequadas nas atividades da P-36;Ineficácia das medidas para conter alagamentos internos;Falhas no esquema operacional de controle de estabilidade;Revisão e aplicação do sistema de gestão.

2) Acidente Nuclear de Chernobyl, na Ucrânia

O acidente da Usina V. I. Lenin, em Chernobyl (na época fazendo parte da União Soviética), aconteceu na madrugada de 26 de abril de 1986. Tudo ocorreu durante um teste de segurança no reator 4 que, por falha humana, explodiu e matou dois trabalhadores. A explosão resultou em um incêndio que liberou um dos maiores materiais radioativos na atmosfera: elementos gasosos, como o xenônio-133.

A radiação lançada no ar foi tão forte que outros países acabaram sendo contaminados, como Polônia, Áustria,  Suécia, Bielorrúsia e, até mesmo, Reino Unido e Canadá. Até hoje não se sabe ao certo quantas pessoas morreram por conta do acidente, mas estudos apontam que, mesmo ao passar dos anos, milhares de vítimas foram acometidas pela radiação tóxica.

Posteriormente, além da falha dos colaboradores que descumpriram diversos itens dos protocolos de segurança, foi apontado que os reatores RBMK (usados em Chernobyl e em outras usinas soviéticas) tinham um grave erro no seu projeto, o qual permitiu que o acidente acontecesse.

O governo soviético considerou seis pessoas culpadas pelo acidente, mas somente três foram condenadas à prisão, sendo 10 anos de reclusão para Viktor Bryukhanov, Nikolai Fomin e Anatoly Dyatlov.

Desde a tragédia, a usina está desativada. O acidente, considerado o maior desastre nuclear da história mundial, foi tão grave e impactante que também resultou no fim da União Soviética, uma vez que Ucrânia, Bielorrússia e Rússia foram as mais atingidas pelo desastre e pela crise econômica que já pairava sobre a população desde a década de 1970.

3) Vazamento de Dioxina em Seveso, na Itália

Uma das maiores catástrofes ecológicas do mundo aconteceu em 10 de julho de 1976, em Seveso, na Itália, quando 41 galões da substância denominada TCDD vazaram e contaminaram mais de 300 hectares, atingindo pessoas e animais.

Este acidente ocorreu após uma falha em uma unidade industrial de produtos químicos, localizada na mesma região, que teve o reator de dioxina superaquecido e, com isso, acabou liberando veneno para todo o meio ambiente. Uma válvula defeituosa foi o que desencadeou toda a tragédia, que se intensificou ainda mais pelo fato de que a fábrica não tinha sistema de advertência, mantendo a população sem informação do perigo por mais de 24h.

Foram mais de 30 mil moradores atingidos pela nuvem tóxica que pairava pelo ar e mais de 70 mil animais tiveram que ser sacrificados, pois a radiação tomou conta de seus organismos. Apesar de não causar mortes humanas, a catástrofe trouxe consequência para as pessoas que são sentidas até hoje, uma vez que os casos de tumores e diabetes são maiores desde então.

O impacto da história de Seveso serviu como exemplo para que os países industrializados adotassem leis e formas de controle mais severas para a indústria química.

4) Acidente de Bhopal, na Índia

Cerca de 27 toneladas do gás isocianato de metila vazaram de uma fábrica de pesticidas, na Índia, e causaram o maior desastre industrial da história do mundo, conhecido como “O Desastre de Bhopal”. A última atualização do governo indiano, em 2006, diz que o número de vítimas foi de 558 mil.

Em 03 de dezembro de 1984, uma filial da fábrica estadunidense “Union Carbide Corporation”, desencadeou o acidente que, de imediato, matou mais de 2 mil pessoas, após inalarem a substância tóxica. Infelizmente, a forte contaminação do gás atinge até hoje as gerações das vítimas passadas.

As causas do vazamento nunca foram esclarecidas, até hoje é uma dúvida para a população. Além disso, nenhum dos oito executivos da fábrica foram responsabilizados devidamente pelo acidente, causando revolta no país.

Na época da tragédia, o presidente da Union Carbide era o empresário Warren Anderson, que até chegou a ser preso, logo após o vazamento, mas ele pagou uma fiança e foi solto em seguida.

5) Acidente de Minamata, no Japão

O Desastre de Minamata entrou para a história como um dos casos mais chocantes de envenenamento por substância tóxica. O caso só foi descoberto em 1956, mas desde a década de 1930, a contaminação já estava acontecendo.

Uma indústria de PVC, da Corporação Chisso, lançava, diariamente, mercúrio na Baía de Minamata, contaminando os peixes e moluscos que ali viviam. Como o consumo destes alimentos sempre foi comum no local, a substância começou a atingir as pessoas que se alimentavam dos frutos do mar.

No ano de 1956, os médicos que atendiam na ilha de Kyushu, na cidade em destaque, se assustaram quando 4 pacientes chegaram apresentando sintomas de febre muito alta, convulsões severas, surtos de psicose, perda de consciência e coma, resultando em morte. Após muita pesquisa feita pela Universidade Kumamoto, foi concluído que não era uma nova doença, mas sim envenenamento por mercúrio.

A demora da descoberta, 20 anos depois, aconteceu porque era um envenenamento silencioso, em que agia de forma lenta no organismo. Então, ao longo dos anos, outros casos foram surgindo e novas vítimas tiveram um fim trágico.

Anos após a conclusão do lançamento do tóxico no mar, a Chisso foi responsabilizada pelo crime. Além de fechar a fábrica, os responsáveis foram julgados e tiveram que indenizar os familiares das vítimas. A corte distrital julgou a Chisso culpada de negligência corporativa e ordenou o pagamento de $66.000 para cada paciente que já tinha morrido, entre $59.000 e $66.000 para pacientes sobreviventes, atingindo um total de $3.44 milhões.

E COMO AS EMPRESAS PREVINEM OS ACIDENTES?

Uma empresa responsável, que garante segurança aos seus colaboradores, atenta-se às normas regulamentadoras para, além de seguir a lei, permitir que a empresa esteja protegida contra perigos.

Uma das principais NRs, que estabelece a segurança para trabalhadores da área industrial, é a NR-15, que descreve as atividades insalubres do colaborador, analisando as funções que podem tornar a sua saúde, tanto física quanto mental, mais vulnerável a qualquer tipo de risco químico. A NR-15 protege o trabalhador contra ruídos, exposição ao calor, radiações (ionizantes ou não), vibrações, frio, umidade, benzeno, poeiras minerais e agentes biológicos.

Os serviços que prestamos englobam todas as vertentes que estão relacionadas à segurança de trabalhadores, seja a segurança física ou mental. Por isso, nossas soluções em segurança do trabalho visam minimizar riscos, prevenir acidentes e doenças ocupacionais e, assim, proteger colaboradores e empresas.

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