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Edifício Joelma: O Impacto na Segurança no Trabalho

27/05/2022

A manhã do dia 1º de fevereiro de 1974 ficou marcada pela tragédia no Edifício Joelma, no centro de São Paulo. Por volta das 8h40 daquele dia, um curto-circuito no ar-condicionado do 12º andar provocou um incêndio que durou mais de 4 horas. A tragédia do Joelma deixou 187 mortos e mais de 300 feridos, sendo considerado o 2º pior incêndio em arranha-céu, por vítimas fatais, ficando atrás somente do atentado às Torres Gêmeas, em Nova Iorque.

A cidade de São Paulo ainda se recuperava do choque ocorrido no Edifício Andraus, pouco menos de 2 anos antes. Assim como o Edifício Joelma, o Andraus também era um prédio comercial que ardeu em chamas por conta de um curto-circuito. Foram mais de 7 horas de combate ao fogo, resultando na morte de 16 pessoas, deixando 320 feridos. Era o maior incêndio da história do estado de São Paulo, mas foi superado pelo incêndio no Joelma.

O Edifício Joelma tinha estrutura de concreto armado, mas as salas eram repartidas em materiais inflamáveis, tais como carpetes, cortinas de tecidos, móveis de madeira, entre outros materiais, que contribuíram para o rápido alastramento do fogo. As chamas do incêndio registravam intensidades acima de 600°C, por isso, muitos morreram de intoxicação e calor, fora as vítimas que, no desespero e emoção do fatídico episódio, se jogavam para fora do prédio a metros de altura.

E como isso impacta a segurança em prédios?

No dia 7 de fevereiro de 1974, 6 dias após a tragédia, o, até então, prefeito de São Paulo, Miguel Colasuonno, publicou um decreto com novas normas de segurança para os edifícios da capital, que, logo em seguida, também foi implantada em todo o Brasil.

Essa rápida mudança e respaldo para evitar um novo incêndio se deu pelo fato de que o ocorrido no Edifício Joelma ganhou notoriedade nacional e internacional. A comoção popular pela tragédia foi tão forte que as pessoas cobraram de imediato uma resposta das autoridades.

As normas de segurança passaram a ser aplicadas diretamente em todos os prédios em construção ou que passariam por reformas. Sendo assim, ficou acordado que:

▶ Proteção contra o fogo

Todos os prédios devem ser construídos com paredes externas à prova de fogo, sendo proibida a construção de coberturas com materiais de combustível.

▶ Material inflamável

Todos os prédios passam a ser classificados de 1 a 5, de acordo com os materiais depositados ou manipulados em seu interior.

▶ Equipamentos de combate às chamas

O hidrante deve ficar a uma distância de 30 metros da entrada do edifício, todos os edifícios devem contar com o sistema de chuveiros automáticos (sprinkler), além de contar com extintores próprios para o combate de cada tipo de fogo.

▶ Código de Edificações

Em 1975, o prefeito de São Paulo, Olavo Egydio Setúbal, aprovou o Código de Edificações, ampliando as normas de segurança que o antigo prefeito tinha decretado. O novo decreto separava cada prédio em uma categoria de orientação específica. Esse código mudou algumas vezes ao longo do tempo, sempre atendendo às necessidades de proteção que surgiam.

E que Norma Regulamentadora protege os edifícios contra incêndios?

A NR-23 é a responsável por dispor as informações e orientações acerca da proteção e combate a incêndios. A norma explica algumas medidas que devem ser tomadas em caso de chamas, além de mostrar quais características um prédio deve ter para estar apto ao funcionamento, tais como:

▶ Proteção contra incêndios;

▶ Saídas de emergência;

▶ Equipamentos de combate;

▶ Treinamento de incêndio.

Se você tiver alguma dúvida sobre a NR-23 ou se você gostaria de uma avaliação de como manter os cuidados com o seu espaço de trabalho, entre em contato conosco.

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