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Por que resistir e existir são ações necessárias para a profissional mulher?

10/03/2023

O Dia Internacional da Mulher é comemorado internacionalmente todos os anos no dia 8 de março, data marcada para o reconhecimento das mulheres e suas conquistas, independente de suas diferenças nacionais, étnicas, linguísticas, culturais, econômicas ou políticas. Essa data foi reconhecida oficialmente pelas Nações Unidas em 1975. O Dia Internacional da Mulher apareceu pela primeira vez por conta das atividades dos movimentos trabalhistas na virada do século XX na América do Norte e em toda a Europa. 

Mulheres no mercado de trabalho

Apesar de vivermos na indústria chamada 4.0, onde migramos o universo do trabalho para o meio digital e, mesmo tendo passado muitos anos após a primeira Revolução Industrial, ainda conseguimos ver uma diferença enorme entre a participação masculina e feminina no mercado de trabalho.

Todos os anos a ONU anuncia um tema específico para realizar ações e debates. Neste ano o tema principal é ''Por um mundo digital inclusivo: inovação e tecnologia para a igualdade de gênero". Alguns dados revelam que até 2050, 75% dos empregos estarão relacionados às áreas de Ciência, Tecnologia, Engenharia e Matemática. Porém, atualmente, apenas 22% das mulheres ocupam cargos de inteligência artificial. Infelizmente seu acesso ao mundo digital é muito limitado, principalmente em países em desenvolvimento.

Ao olharmos em um outro cenário, podemos notar que a mulher deixou de ser apenas um membro da família para também se tornar provedora em muitas situações, mesmo que o número de mulheres com carteira assinada tenha quase dobrado nos últimos dez anos, infelizmente esses dados não são tão expressivos quando comparamos à quantidade de homens trabalhando fora. Além disso, existem outros desafios que uma mulher inserida no mercado de trabalho enfrenta todos os dias:

Jornada dupla 

Uma pesquisa do IPEA (Instituto de Pesquisa Econômica  Aplicada) revela que as mulheres trabalham cerca de 7,5 horas a mais do que os homens durante a semana. Isso por conta da dupla jornada de trabalho que acontece entre o trabalho formal e as atividades domésticas. E ao analisarmos mais profundamente a vida dessas mulheres, muitas apresentam estresse, depressão, desgaste físico e baixa autoestima. Tudo isso relacionado a sobrecarga da dupla jornada.

Diferença salarial

A disparidade salarial entre os gêneros ainda é gritante mesmo com os anos se passando. O tema é debatido constantemente, mas, infelizmente, sem resultados visíveis. Uma Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio do IBGE, mostra que as mulheres ganham em média 20,5% a menos que os homens no Brasil. Essa diferença continua existindo mesmo ao compararmos trabalhadores com a mesma escolaridade, idade e categoria de ocupação.  

Maternidade

Quando olhamos para a situação das mães no mercado de trabalho, conseguimos achar outros problemas. Uma pesquisa da Fundação Getúlio Vargas mostra que, após 24 meses, quase metade das mulheres que tiraram esse período está fora do mercado de trabalho. Dentre as 247 mil mães, 50% foram demitidas, aproximadamente dois anos depois da licença-maternidade. Vale lembrar que a Lei 14.020/2020 diz que as mulheres devem ter estabilidade de emprego desde a confirmação da gravidez até 5 meses após o parto. 

Assédio corporativo

Outro ponto a destacar é o assédio: um dos maiores problemas enfrentados por uma mulher no local de trabalho. Uma pesquisa realizada pela Associação Brasileira de Comunicação Empresarial (Aberje) mostra que 73% das mulheres já sofreram assédio e 78% já presenciaram algum tipo de assédio no ambiente corporativo.

A data do dia 8 de março existe para não esquecermos de todos esses desafios que, infelizmente, ainda assombram a vida de todas as mulheres pelo Brasil e mundo. Ser uma mulher no ambiente de trabalho em pleno século XXI é um ato de resistência. Apesar de todas as dificuldades, é essencial discutirmos e falarmos sobre esses problemas todos os dias, para que a presença feminina não seja cada vez mais extinta no ambiente corporativo. Como você tem praticado a igualdade de gênero em sua empresa?

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